domingo, 2 de março de 2008

As Pombas da Frei Canolo


AS POMBAS DA FREI CANOLO

As pombas da Frei Canolo
dão vida às tardes
que morrem

Os cajueiros de dezembro
são os campos de pouso
das pombas da Frei Canolo

As palhas dos coqueiros
e os maturis
dançam ao ritmo do vento
no ruflar das asas
das pombas da Frei Canolo

O calor das telhas de amianto
aquecem os ovos que chocam
para renovar gerações
das pombas da Frei Canolo

O direito de voar
por onde imaginar
e a decisão de ficar
é uma lição de liberdade
das pombas da Frei Canolo

O vôo do alto das árvores
o pouso na frente dos carros
desafiando o forte
com a sua fragilidade
é assim que vivem
as pombas da Frei Canolo

Um comentário:

Renivaldo Biker disse...

Adorei essa sua poesia das pombas!
Muito legal!
Como todas as outras!
Um abraço...
Que vc continue sempre assim com o psicológico preparado para fazer poemas!